quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Que venha o segundo semestre!

Olá pessoal, aqui é a Valentina e gostaria de dizer que meu primeiro periodo finalmente terminou e acabei de iniciar o segundo.
Bem muita coisa mudou desde que entrei para o curso. Meus pensamentos mudaram e meus planos também. Já estou com muitos projetos na ponta do lápis, e muitos já estão escritos. Por isso gostaria de compartilhar minhas experiencias com todos vocês e ao longo do meu curso relatar como minhas prioridades estão mudando.
Acabei de voltar do Congresso Aberto aos Estudantes de Biologia (CAEB) e acabei de ingressar no Programa de Iniciação a Docência. Bem muitas histórias e trabalhos ainda estão por vir, e vamos ver o que o futuro aguarda.
Logo mais postagens de trabalhos, artigos e afins aqui no blog.
Bora estudar! Bjo.

Bioma Pampas


Introdução


O significado da palavra pampa: região plana. A origem da expressão é quéchua, um idioma sulamericano de origem indígena que também era utilizado no império dos incas. Abrangendo cerca de 700 mil km², os pampas brasileiros ocupam aproximadamente 2,4% da vegetação do País. Além disso, estão presentes na República Oriental do Uruguai, Corrientes, Entrerríos, Santa Fé, La Pampa, províncias de Buenos Aires e no Rio Grande do Sul. Sua localização fica entre o 30º e o 34º na latitude sul e 63° e 57° na latitude oeste.


Localização

Figura 1 AMBIENTE, Ministério do Meio. Pampa. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas/pampa>. Acesso em: 25 nov. 2008
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro.
Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global.
Também é no Pampa que fica a maior parte do aquífero Guarani.
O Pampa é uma das áreas de campos temperados mais importantes do planeta.
Na América do Sul, os campos e pampas se estendem por uma área de aproximadamente 750 mil km2, compartilhada por Brasil, Uruguai e Argentina.
 No Brasil, o bioma Pampa está restrito ao Rio Grande do Sul, onde ocupa 178.243 km2 – o que corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território nacional.
Cerca de 25% da superfície terrestre abrange regiões cuja fisionomia se caracteriza pela cobertura vegetal como predomínio dos campos – no entanto, estes ecossistemas estão entre os menos protegidos em todo o planeta.

Degradação e Preservação

A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa. Estimativas de perda de hábitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e em 2008 re
Figura 2 AMBIENTE, Ministério do Meio. Pampa. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas/pampa>. Acesso em: 25 nov. 2008
stavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa (CSR/IBAMA, 2010).
A perda de biodiversidade compromete o potencial de desenvolvimento sustentável da região, seja perda de espécies de valor forrageiro, alimentar, ornamental e medicinal, seja pelo comprometimento dos serviços ambientais proporcionados pela vegetação campestre, como o controle da erosão do solo e o sequestro de carbono que atenua as mudanças climáticas, por exemplo.
Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é signatário, em suas metas para 2020, prevê a proteção de pelo menos 17% de áreas terrestres representativas da heterogeneidade de cada bioma.
As “Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, atualizadas em 2007, resultaram na identificação de 105 áreas do bioma Pampa, destas, 41 (um total de 34.292 km2) foram consideradas de importância biológica extremamente alta.
Estes números contrastam com apenas 3,3% de proteção em unidades de conservação (2,4% de uso sustentável e 0,9% de proteção integral), com grande lacuna de representação das principais fisionomias de vegetação nativa e de espécies ameaçadas de extinção da fauna e da flora. A criação de unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de mosaicos e corredores ecológicos foram identificadas como as ações prioritárias para a conservação, juntamente com a fiscalização e educação ambiental.

O fomento às atividades econômicas de uso sustentável é outro elemento essencial para assegurar a conservação do Pampa. A diversificação da produção rural a valorização da pecuária com manejo do campo nativo, juntamente com o planejamento regional, o zoneamento ecológico-econômico e o respeito aos limites ecossistêmicos são o caminho para assegurar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico e social.

Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite

O Ministério do Meio Ambiente - MMA e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA firmaram acordo de cooperação em 2008, para a realização do Programa de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite, que conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD. Este programa consiste na realização do monitoramento sistemático da cobertura vegetal dos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, a fim de quantificar desmatamentos de áreas com vegetação nativa, para embasar ações e políticas de prevenção e controle de desmatamentos ilegais nestes biomas, além de subsidiar políticas públicas de conservação da biodiversidade e de mitigação da mudança do clima. O projeto tem como referência os Mapas de Cobertura Vegetal dos Biomas Brasileiros, produzidos pelo MMA/PROBIO, em 2007. Os primeiros produtos deste projeto estão disponibilizados neste site, referentes ao mapeamento de 2002-2008

Pesquisa realizada recentemente

Foram realizadas recentemente pesquisas relacionadas a espécies de anuros no Bioma Pampas Brasileiro. Foram concluídos que há riqueza e abundância de espécies de anuros. Ao longo das duas áreas, foram registradas 24 espécies distribuídas em 12 gêneros e cinco famílias.
Neste estudo foram apresentadas informações sobre a estrutura e a organização espacial das comunidades de anuros de duas das quatro regiões fisiográficas em que o bioma é dividido. Foram amostrados dez corpos d’água em cada região entre os meses de setembro de 2011 e agosto de 2012. Foram registradas 24 espécies caracterizadas como generalistas, de ampla distribuição e típicas de ambientes abertos. A curva de acumulação de espécies apresentou a formação de uma assíntota após o 12° mês de amostragem. A análise de similaridade mostrou uma segregação na estrutura das duas comunidades, que foram influenciadas pelos descritores ambientais e da paisagem.
LIPINSKI, Victor M.; SANTOS, Tiago G. dos. Estrutura e organização espacial de duas comunidades de anuros do bioma Pampa. Iheringia: Serie Zoologia, Porto Alegre, v. 4, n. 104, p.462-469, 18 jul. 2014.


Fauna


A fauna do bioma Pampa é muito rica e diversa, caracterizada por uma grande variedade de aves, mamíferos, artrópodes, répteis e anfíbios.
A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema (Rhea americana), o perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura maculosa), o quer-quero (Vanellus chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o sabiá-do-campo (Mimus saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho (Conepatus chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o preá (Cavia aperea) e várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-barba-azul (Heliomaster furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus) e algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde (Sporophila hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides mixtus) (Brasil, 2003)
Na região do pampa, encontram-se diversos animais ameaçados de extinção. Entre eles estão: tamanduá, caxinguelê, preguiça-de-coleira, espécies de saguis, mico-leão-dourado, guariba, macaco-prego, jaguatirica, onça pintada, entre outros. As aves em risco de extinção são: gaturamos, saíras,tucanos, beija-flores, sanhaço, araponga, tié-sangue, jacutinga, macuco e o jacu. 


Bibliografias 


SKYSCRAPERCITY.COM. Pequena coletânea de paisagens fotografadas por mim. Disponível em: <http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1510425&page=2>. Acesso em: 12 ago. 2007.
CRUZ, Leandro. Modelagem e Visualização de Terrenos baseada em Fotografias. Disponível em httpw3.impa.brlcruzcoursespibdimgbiomas_brasileirospampas.html. Acesso em 26 nov. 2010.
BRASIL, Mochileiro Descobrindo O. Bioma Pampa. Disponível em: <http://mochileiro.tur.br/biomapampa.htm>. Acesso em: 22 fev. 2015.
ESCOLAR, Grupo. Pampas. Disponível em: <http://www.grupoescolar.com/pesquisa/pampas-campos.html>. Acesso em: 26 jan. 2015

Resenha do artigo: Estudos dos fatores limitantes à produção primária por macrófitas aquáticas no Brasil.

1) Introdução

Resumo

O artigo trata de espécies de macrófitas aquáticas que podem ser encontradas em ecossistemas aquáticos continentais brasileiros. Estas são capazes de fornecer alimentação e abrigo a diversos peixes invertebrados, participam da ciclagem de nutrientes, na proteção e no equilíbrio das margens.
Em condições ambientais próximas aos seus limites de tolerância, as macrofitas realizam fotossíntese suficiente para sua sobrevivência. Já quando estão em condições próximas ao ótimo do limite de tolerância há um grande aumento da sua produtividade podendo causar eutrofização, prejuízos na geração de eletricidade e diversos impactos ambientais.
Diversos fatores limitantes; tais como, temperatura, radiação fotossinteticamente ativa, velocidade de corrente, variação do nível de água, nutrientes e disponibilidade de carbono inorgânico; atuam no controle da produção de macrófitas.
O trabalho irá discutir os fatores limitantes à produção primária por macrófitas aquáticas e os impactos antrópicos sobre estes fatores limitantes.
Principais assuntos
Os principais assuntos abordados são os fatores limitantes à produção primária por macrófitas aquáticas que se encontram nos ecossistemas aquáticos continentais brasileiros.
Objetivos da proposta
O trabalho tem como principal objetivo discutir os principais fatores limitantes das espécies de macrófitas aquáticas dos ecossistemas aquáticos continentais brasileiros e os impactos que estes têm no ambiente.
Consequências da pesquisa
O reconhecimento desses fatores limitantes é necessário para o conhecimento das macrófitas aquáticas, para se evitar a eutrofização, prejuízos na geração de eletricidade e diversos outros impactos ambientais, e também, para se conhecer o manejo das espécies de macrófitas aquáticas.

2) Temperatura

Cada espécie de macrofitas aquáticas apresenta uma faixa ótima de temperatura para o seu crescimento, pois, a temperatura influencia na velocidade de reações químicas destas espécies.
Pesquisas realizadas em regiões temperadas e tropicais mostram que elas se desenvolvem em temperaturas mais elevadas.
Em regiões de clima temperado, onde as estações são bem definidas, observou-se que no período do inverno uma determinada espécie de macrofita aquática apresentou valores de biomassa aérea próximos à zero, enquanto em estações de temperatura mais elevada houve altos valores de biomassa aérea.
Já nas regiões de clima tropical, onde as estações não são bem definidas, a biomassa e produção de macrofitas são constantes ao longo do ano.
Apenas em estudos experimentais é possível observar a produção de biomassa aérea de acordo com a temperatura, e de acordo com pesquisas foi possível saber que há um maior valor de biomassa na temperatura de 25°C, mas que em temperaturas muito elevadas que chegassem a 30°C seu crescimento era limitado.
A temperatura é um fator limitante para a produção de espécies, pois atua em diversos fatores. É um fator que está disponível no ambiente, mas que tanto sua falta como seu excesso pode prejudicar o desenvolvimento de espécies. Nas macrofitas foi possível observar que elas necessitam de uma temperatura ótima para o seu desenvolvimento, que seria de 25°C, e que tanto valores menores como mais altos limitariam a sua produção.

3) Radiação Fotossinteticamente Ativa

Para o desenvolvimento das macrófitas aquáticas outro fator limitante importante é a radiação fotossinteticamente ativa (RFA), que controla a fotossíntese destes vegetais.
Pesquisas realizadas tanto em espécies submersas como em laboratório, mostram que a produção primária de macrófitas aquáticas pode aumentar ou serem inibidas de acordo com as taxas fotossintéticas.
Com o aumento da radiação fotossinteticamente ativa aumentam-se as taxas fotossintéticas, contudo, a fotossíntese pode ser bloqueada com altas taxas.
As taxas de RFA se modificam de acordo com as espécies e também o local em que elas se encontram no ecossistema: flutuantes ou emergentes.
Cada organismo possui o seu próprio limite de tolerância, e a espécie tende a se adaptar àquele ambiente. Algumas espécies de macrófitas, como mostra o trabalho, têm um melhor desenvolvimento em altas taxas de RFA, enquanto outras espécies se desenvolvem bem em ambientes de sombra. O que mostra como a espécie tende a se habituar-se ao ecossistema em que vivem e também como cada uma se expande no seu adequado perímetro.

4) Velocidade de corrente

Um fator significante que pode determinar a ocorrência, delimitar a produção primária de macrófitas aquáticas ou beneficiar o seu crescimento é a velocidade de corrente.
As altas velocidades de correntes transportam macrófitas flutuantes e impedem a formação de bancos deste tipo ecológico.
A velocidade de corrente moderada podem favorecer o crescimento e o aumento da produtividade de macrófitas aquáticas. Isto acontece devido ao prejuízo no crescimento do fitoplâncton e do perifiton e a quebra da boundary layer, que favorece o crescimento de macrófitas aquáticas e aumenta a disponibilidade de nutrientes, respectivamente.
O avanço da velocidade de corrente se mostrou um fator positivo para o desenvolvimento da macrófita aquática, mas também se diferencia em relação a cada espécie.
A construção de usinas hidrelétricas diminui a velocidade de corrente, que pode causar grandes bancos de macrófitas submersas e/ou flutuantes, que prejudicam o funcionamento das usinas.

5) Variação do nível da água

O valor de biomassa aérea, em relação ao fator limitante variação do nível da água, é bem específico para cada espécie.
Espécies emersas e submersas sofreram efeitos quanto à variação do nível da água, podendo ser positivo ou neutro; já espécies flutuantes foram menos afetadas.
 O impacto sobre a variação do nível da água também mostrou que existe uma vasta competição entre as espécies, enquanto algumas sobrevivem ao baixo nível da água, outras param de se desenvolver após algum tempo. Ou seja, é um sistema de tolerância bem amplo para cada determinado tipo de organismo.

6) Nitrogênio e Fósforo

Nitrogênio e fósforo se mostram fundamentais para a produção primária das macrófitas aquáticas. O nitrogênio é importante na composição das proteínas e o fósforo de diversos compostos celulares.
Em regiões onde há maior concentração de fósforo e nitrogênio existe maior desenvolvimento de macrófitas aquáticas.
A alta concentração desses nutrientes pode causar a eutrofização que é o acúmulo excessivo destes organismos, provocando a perca da biodiversidade, perca do uso da água e falta de oxigênio.
Porém, o tratamento de efluentes enriquecidos em nutrientes tem sido possível com a ajuda das macrófitas aquáticas. Estas removem os nutrientes da água e estocam em sua biomassa, ainda convêm de substrato para microrganismos que mineralizam e removem nutrientes do efluente.

7) Carbono Inorgânico Dissolvido

O carbono inorgânico dissolvido na água é um importante fator limitante à produção primária de macrófitas aquáticas submersas. Ele está presente na água como CO₂, H₂CO₃, HCO₃⁻ e    CO₃⁻², sendo que a produção destas moléculas dependem do pH do meio.
O CO₂ é a forma preferida, embora em águas com pH próximos a 7,0 há maior disponibilidade de HCO₃⁻, mas que também podem ser utilizados para a fotossíntese quando as concentrações de CO₂ estão baixas.
Entretanto quando são submetidas à saturação por HCO₃⁻  as taxas fotossintéticas são menores do que quando são submetidas à saturação por CO₂.
A produção primária bruta mostra valores positivos em relação a concentração do carbono inorgânico dissolvido, quando os valores de concentração são maiores, a produção primária também sofre níveis elevados.

8) Questões Metodológicas

Os métodos utilizados para a avaliação da produção de macrófitas emersas e flutuantes se dá pelo ganho de biomassa por unidade de tempo e os resultados são fornecidos em massa por unidade de área por tempo.
Para macrofitas submersas a metodologia utilizada é o de produção de O₂ utilizando o método de frascos claros e escuros.
Também foi utilizada por alguns autores a taxa de crescimento relativo para comparar o crescimento de macrófitas aquáticas de diferentes espécies e em diferentes condições do ambiente.
Outra análise aplicada a dados de crescimento de macrófitas em diferentes condições ambientais, é a análise de variância (ANOVA). Os experimentos avaliam o crescimento de macrófitas ao ganho de massa e permite verificar a existência de diferenças significativas entre os tratamentos e no tempo, além da interação entre estes fatores.

sábado, 25 de abril de 2015

Nerônios

Introdução

Fig 1.Neurônios (indicados pela flecha azul)
observados em microscopia de luz.
Todos os neurônios devem ser capazes de receber informação de outras células nervosas ou de alguma forma de energia do ambiente e de comunicar essa informação a outras células nervosas ou de alguma forma de energia do ambiente e efetoras. Esses processos têm lugar em regiões
especializadas e distintas – receptiva e efetora – dos neurônios. Nos neurônios que transmitem informação por distâncias consideráveis, um axônio deve fazer parte de sua região efetora.
A anatomia dos neurônios varia com sua localização e com sua função, mas todos os neurônios possuem um corpo celular – ou soma – que dá o suporte metabólico às outras partes desse neurônio. O corpo celular dos neurônios é recoberto por finos prolongamentos ramificados, chamados dendritos. Os dendritos e o corpo celular recebem muitas sinapses de outros neurônios e, por isso, essa região forma a região receptiva dessas células. A região efetora tem a forma de prolongamento único, semelhante a um cabo, o axônio, que se origina do cone axônico na superfície do corpo celular e que conduz os potenciais de ação até os terminais axonicos, de onde a atividade pode ser comunicada a outras células pela transmissão sináptica.

Corpo Celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. O corpo celular é também, junto com os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos.
Dendritos: Geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de árvores, em ângulo agudos, originando dendritos de menor diâmetro. São os processos ou projeções que transmitem impulsos para corpos celulares dos neurônios ou para os axônios. Em geral os dendritos não são mielinizados. Um neurônio pode apresentar milhares de dendritos. Portanto, os dendritos são especializados em receber estímulos.
Axônio: A grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito variável, podendo ser de alguns milímetros como mais de um metro, São os processos que transmitem impulsos que deixam os corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminas axonicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Portanto, o axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação.

Fig 2.

Tipos de Neurônios: São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a informação da periferia em direção ao SNC, sendo também chamado de neurônio aferente. Um neurônio motor conduz informações do SNC em direção à periferia, sendo conhecido como neurônio aferente. Os neurônios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto no SNP.
Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem ao SNC.
Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou interpretada;
Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do SNC.

Sinapse

São zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outros neurônios, células musculares ou células glandulares. Do ponto de vista anatômico e funcional, uma sinapse e composta por três grandes compartimentos: membrana da célula pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós-sináptica. Os principais tipos de contatos sinápticos são: axo-somático (entre uma terminação nervosa e o corpo celular), axo-dendritos (entre uma terminação nervosa e um dendrito), axo-axonica (entre uma terminação nervosa e um axônio), neuroefetor (entre terminações nervosa e a célula efetora, fibra muscular lisa, fibra muscular cardíaca ou célula glandular), neuromuscular (entre a terminação nervosa e a fibra muscular esquelética).
Existem dois tipos de sinapse, a sinapse elétrica e química, nas sinapses elétricas as correntes iônicas passam diretamente pelas junções comunicante até chegarem às outras células, enquanto que nas sinapses químicas a transmissão ocorre através de neurotransmissores.
Sinapse Elétrica
As sinapses elétricas fazem a propagação elétrica entre as células através de canais que interligam as mesmas, com um retardo nulo na transmissão. Existe um contato íntimo entre as células através de junções abertas, a sinapse elétrica permite o fluxo livre de íons em uma transmissão muito mais rápida do que a que ocorre na sinapse química, além de não poder ser bloqueada.
O retardo nulo, uma bidirecionalidade, efeito excitatório e uma curta duração fazem com que uma sinapse elétrica transmita o impulso nervoso de uma célula à outra quase que instantaneamente. As sinapses elétricas ocorrem em músculos lisos e cardíacos, onde a contração ocorre por um todo e em todos os sentidos.

Sinapse Química

Fig 3.
Sinapse química ocorre na comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula nervosa. A comunicação ocorre através de neurotransmissores que são liberados pelas terminações nervosas, ou também chamados de célula pré-sinapse.
Esses neurotransmissores se encontram nas vesículas que são formadas no Complexo de Golgi, são liberados nas fendas sinápticas e se comunicam com o seu receptivo receptor, para transmitir o impulso nervoso. Os receptores se encontram na Membrana Plasmática da célula, também chamado de célula pós-sináptico.
As sinapses químicas podem ser excitatórias ou inibitórias. Os neurotransmissores excitatórios (acetilcolina, glutamato e serotonina) abrem canais de cátions, induzindo o influxo de Na+, o que despolariza a membrana pós-sináptica para ativar o potencial de ação. Já neurotransmissores inibitórios (ácido γ-aminobutírico, ou GABA, e glicina) abrem canais de Cl- e K+.

Sinapses Excitatórias 

Sinapses excitatórias causam uma mudança elétrica excitatória no potencial pós-sináptico (EPSP). Isso acontece quando o efeito líquido da liberação do transmissor é para despolarizar a membrana, levando-o a um valor mais próximo do limiar elétrico para disparar um potencial de ação. Esse efeito é tipicamente mediado pela abertura dos canais da membrana (tipos de poros que atravessam as membranas celulares para os íons cálcio e potássio.
Sinapses Inibitórias
As sinapses inibitórias causam um potencial pós-sináptico inibitório (IPSP), porque o efeito líquido da liberação do transmissor é para hiperpolarizar a membrana, tornando mais difícil alcançar o potencial de limiar elétrico. Esse tipo de sinapse inibitória funciona graças à abertura de diferentes canais de íons nas membranas: tipicamente os canais cloreto (Cl-) ou potássio (K+).

NEUROTRANSMISSORES

Quimicamente, os neurotransmissores são moléculas relativamente pequenas e simples. Diferentes tipos de células secretam diferentes neurotransmissores. Cada substância química cerebral funciona em áreas bastante espalhadas mas muito específicas do cérebro e podem ter efeitos diferentes dependendo do local de ativação.
Algum mecanismo deve existir através do qual o potencial de ação causa a liberação do transmissor armazenado nas vesículas sinápticas para a fenda sináptica.
O potencial de ação estimula a entrada de Ca2+, que causa a adesão das vesículas sinápticas aos locais de liberação, sua fusão com a membrana plasmática e a descarga de seu suprimento de transmissor. O transmissor se difunde para a célula alvo, onde se liga à uma proteína receptora na superfície externa da membrana celular. Após um breve período o transmissor se dissocia do receptor e a resposta é terminada. Para impedir que o transmissor associe-se novamente a um receptor e recomece o ciclo, o transmissor, ou é destruído pela ação catabólica de uma enzima, ou é absorvido, normalmente na terminação pré-sináptica. Cada neurônio pode produzir somente um tipo de transmissor.
Cerca de 60 neurotransmissores foram identificados e podem ser classificados, em geral em uma das quatro categorias.
Colinas: Esse neurotransmissor é produzido por uma reação enzimática, catalisada pela enzima colina acetiltransferase. Porém essa síntese só é feita quando se ingere colina, visto que este composto faz parte do complexo B de vitaminas e logo não é produzido pelo organismo. A acetilcolina é a mais importante;
Aminas Biogênicas: Entre os neurotransmissores do SNC existem alguns mono aminas importantes, conhecidas como aminas biogênicas. Um grupo delas é formado por uma parte alifática, a amina, e uma parte aromática, o catecol. Outro grupo de monoaminas contém o radical, o indol.
A serotonina, a histamina, e as catecolaminas - a dopamina, a norepinefrina e a epinefrina.
Aminoácidos: certos aminoácidos que funcionam como neurotransmissores estão presentes em todas as células do nosso organismo, exemplos são a glicina e o glutamato. O glutamato e o aspartato são os transmissores excitatórios bem conhecidos, enquanto que o ácido gama-aminobutírico (GABA), a glicina e a taurine são neurotransmissores inibidores.
Neuropeptídeos: esses são formados por cadeias mais longas de aminoácidos (como uma pequena molécula de proteína). Sabe-se que mais de 50 deles ocorrem no cérebro e muitos deles têm sido implicados na modulação ou na transmissão de informação neural.



sexta-feira, 24 de abril de 2015

Apresentação

Olá pessoal, meu nome é Valentina e estou cursando o primeiro período de Ciências Biológicas.
Estava fazendo um trabalho sobre neurotransmissores e me deparei com a falta de informação que existe em livros e até mesmo na web sobre esse aérea, por isso decidi postar o meu trabalho, mas a coisa ficou maior e decidi fazer esse blog com a parceria de meus colegas de turma.
Irei colocar todos os meus trabalhos, artigos, pesquisas e tudo mais que estudarei durante meus estudos em Ciências Biológicas.
Aproveitem o blog e o usem para ampliar cada vez mais o conhecimento!! Bjoos